Pela manha trazia taciturna e fria as dores da noite.
Enquanto a máquina travava para fazer escoar o café na xícara. Acostumara dar uma batida para então o cheiro invadir os quintais.
O ninho vazio e as horas no breu enquanto o céu antecede os fogos.
O espelho quebrado dentro do quintal. A vontade explícita nos restos dos dias.
E se eu não fosse o pássaro de todo dia?
E asa desprovida de pena não permitisse o voo. Os quadros expostos no retrato antigo. Logo ali, já o novo. Ontem ainda tinha resquícios do século. A história contada em versos.
A memória na tatuagem riscada na pele. Tem dias em que o vento clareia a solidão entre os raios.
E asa desprovida de pena não permitisse o voo. Os quadros expostos no retrato antigo. Logo ali, já o novo. Ontem ainda tinha resquícios do século. A história contada em versos.
A memória na tatuagem riscada na pele. Tem dias em que o vento clareia a solidão entre os raios.
Mariana Gouveia
364. dos verbos indefinidos
364. dos verbos indefinidos
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